O fim da vida nas Catacumbas de Paris
Fazemos questão de muitas coisas. Brigamos por outras tantas, mas não avaliamos o custo x benefício e o impacto que elas trarão para nossas vidas. Estamos lutando pelo que realmente vale a pena?
Em 100 anos, nenhum de nós estará por aqui. Talvez menos: 50? 30? 20? 10? 5? 2? Menos?
Alinhar o que queremos e podemos fazer é primordial nesses tempos de Covid e de guerra que pode vir a ser mundial.
Olhando para trás, em XXI séculos DC, todos os que nasceram até o XIX já se foram. Dos que nasceram no início do XX, mundialmente devem restar pouquíssimas dúzias de gatos pingados.
É certo que não pertencemos a esse planeta e, em algum momento, vamos ter que ir embora daqui. E precisamos dizer como queremos ser tratados quando não pudermos mais nos manifestar.
Hoje visitei as Catacumbas de Paris. Um choque de realidade para colocar a morte na sala de visitas e pensar de verdade no que se quer daqui até a hora de partir.
Ali não tem espaço para status, classe social, riqueza, pobreza, autoridades acadêmicas, estudantes formais ou quem não teve a sorte de frequentar a escola. Todo mundo ficou igual e está no mesmo lugar, tudo junto e misturado. Padre, juiz, jardineiro, socialite, doutor, industriais e industriários, banqueiros e bancários, patroas e empregadas. Nada importa.
Vejo mausoléus em cemitérios, pompa e circunstância em velórios mas, depois de um tempo, o glamour se vai. Aqui foram todos amontoados e o resultado é esse que mostro nas fotos.
Quilômetros de ossos e caveiras de pessoas que foram um dia importantes ou simples e ilustres desconhecidos em suas comunidades.