Tenho poucos meses de vida
Receber a notícia de que temos poucos meses de vida é, certamente, uma que nunca queremos ouvir. Mas em um dado momento da vida, se as pessoas não tiverem um acidente, um médico irá fazer esse comunicado solene. E ele pode ser feito de diversas maneiras:
- seria melhor não fazer planos a médio prazo
- foque no hoje e não a médio prazo
- sua doença pode te deixar estável por 3 – 5 meses
- a evolução dessa doença é o óbito
- infelizmente só podemos dar conforto
- nesse momento foque na sua saúde
- seria melhor se afastar do emprego para cuidar de você
- você está morrendo
- você tem poucos meses de vida
- sua doença é terminal
O que fazer?
Onde ir?
Com quem falar?
Que providências tomar?
Como contar para as pessoas que o fim está aí?
O avizinhamento da morte e suas consequênciais emocionais, pessoais, familiares, financeiras e patrimoniais precisam ser preparadas e avaliadas com calma, para que além da dor seja possível conviver com a perda, amenizar e evitar, dentro do possível, o máximo de problemas que surgem diante do problema.
Com certeza tivemos medo de nascer. E todos têm medo de morrer. É muito provável que quem diga que não tem esse medo esteja mentindo. E talvez, mais do o medo de morrer, as pessoas tem medo de como morrer. Por isso é tão difícil pensar na morte como uma realidade concreta, ter que se despedir das pessoas que amamos e, menos ainda é fácil encarar de frente que o tempo por aqui está acabando. Mas tenha certeza que é libertador enfrentar a situação, realizar ainda os sonhos possíveis, deliberar sobre os pertences e principalmente sobre o que se quer e o que não se quer receber de tratamento e o que se está disposto a deixar o corpo passar para ficar mais ou menos tempo por aqui.